Intervenho
- Bea
- 24 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Ontem (27 de outubro) escutei uma história tão... “crônica” que acredito ser digna de estar aqui. E olha que aconteceu tanta coisa em pequenos dias e longas semanas, mas nenhuma o suficiente de ser eternizada como um fato do passado, já que a maioria era sobre pessoas muito próximas. Posso até apresentar aos poucos leitores, mas com uma escrita boa, assim terá que aguardar.
Como já de costume, ouço o protagonista do conto começar assim, “olha que coisa engraçada que aconteceu...” com isso já imaginei pegar o gravador e registrar cada tom de sua voz com tal empolgação que subia e descia, se não fosse pelo seu olhar triangulas entre a estrada, retrovisor e eu, então preferi usar toda concentração.
– prosseguindo... era uma vez, uma grande família de irmãos sem sangue, na qual foram crescendo no extremo sul de São Paulo e a cada festa que passava, cada ano concluído na escola, e cada mãe que ia nascendo. Enfim, esses irmão foram construindo suas famílias, e com isso o afastamento era esperado. Contudo, as famílias já de idade, seguem a tradição dos Encontros. Dito como churrasco na laje, com cerveja a vontade, todos de regatas shorts e chinelos, e a forrozeira pra manter tudo tradicional.
E nesta sexta-feira dia 25 de outubro, o nosso queridíssimo protagonista compareceu acidentalmente neste Encontro pela primeira vez, pois era filho de uma das organizadoras que também seria a mais agitada da noite.
E o narrador foi se aproximando da grande família para cumprimentar um à um mesmo não reconhecendo grande parte, isso não ofusca sua educação. E a cada cumprimento era de quinze a vinte minutos de conversa, "que coisa você cresceu"; "lhe carregava no colo"; "sua mãe deixa-te em casa pra sair"; e coisa e tal. - o galã da noite não sabe progredir bem uma história a curto trajeto, quis me contar cada mínimo detalhe. E eu insistindo que prosseguisse já que o trânsito não estava cooperando e o caminho estava ao fim -
Ele retoma: Enquanto eu falava com a tia 'TalTalTal', eu escuto uma mulher gritando. "mentira?! Fulaninho, é você?" E eu não fazia ideia de quem era aquela mulher, mas era uma morena, bonita, bem vestida, e coisa e tal. - ele descreveu a tal Morena tão bem, por longos minutos, que quase te perguntei se poderia ter sido minha mãe. -
E o resto do conto dele é pessoal demais, pode gerar divórcio, atritos familiares, questões não resolvidas. E um desbloqueio que evito.
Mas o que exponho é, sim, a Morena era apaixonada nele na infância, sendo bem mais velha que ele, que possivelmente, eu e ele acreditamos que houve abuso no meio. Ele relembrando depois, e ela seguindo firmemente apaixonada nele por ter sido seu primeiro amor. E terminando com um encanto sem fim.
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