O Grande Feminista
- Bea
- 23 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
A escritora foi além.
Em dias de férias os estudos não param. Testemunha disso é o metro, chama tanto minha atenção pelas rodas da cidade, que me tira o ar fácil fácil se não tiver fone de ouvido.
Tanto que uma certa vez voltando da cidade do vinho para a cidade grande, deixo a música lá, senti falta em meio caminho andado. O celular vibra,
"Iara, esqueceu seu fone aqui. Só não esquece a cabeça porque é grudada"
Jogando o pensa rápido, o que consegui foi sentar-me próximo de surdos. Abusando do volume máximo, escutei o típico piseiro popular, e só piorou a situação, acreditem, claustrofóbicos sofrem.
E a parte interessante começa quando termino de estudar uma arte realista no meu caderno. Ao lado um forte e enorme projeto, cobaia de tatuador, que franzia as sobrancelhas olhando sempre pra frente, uniformizado de preto escutada um ritmo agitado, percebi segundos depois que era uma voz feminina na canção, gostei do pouco que conseguia escutar.
Quando o som segue a diante, eu, Beatriz, atropelo minha timidez e parto pra iniciativa. Escrevo no caderno (para poupar o gaguejo de vergonha),
"qual o nome dessa música?"
e cutuco o grandão. Ele me olhando com fúria lê o caderno, e concede minha pergunta. Mostra em seu celular, que aproposito era foto de um gato no papel de parede. Sua playlist recheada e me mostra o que buscava.
Can't Hold Us Down - Christina Aguilera
Se você pesquisar a tradução desta música, vai entender o porque quis escrever esse momento.
Sem ter trocado palavras, apenas joias e uma cutucada, nos despedimos.
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